domingo, 3 de abril de 2011

Proposta: Uma crônica. Título: O outro lado da moeda

Meu ideal seria não escrever. O cansaço me agride. Mas, como sou obrigado a redigir, contarei a triste história de um pobre guri. Esse guri morava com os seus pais. O seu trabalho sustentava a casa. Minto. Não sustentava, mas era o único dinheiro que aparecia por lá. O dinheiro que vinha da sua pesca.
Certo dia o pobre pescador foi pescar em alto-mar. Para chegar até a praia percorria uma distância considerável e durante essa longa jornada catava todas as frutas que ele encontrava no chão e as colocava dentro de um saco. Fazia isso porque tinha receio de que não pegasse nenhum peixe e assim poderia sobreviver de frutas. Com astúcia ele olhava para os lados à procura das frutas e foi assim que ele se deparou com uma moeda de ouro e sucessivamente outras. Havia uma carreira de moedas, que ele ia recolhendo e botando no saco. Eram tantas moedas que foi necessário que ele jogasse as frutas fora para caber todas. E as moedas o levavam a um lugar que se assemelhava a um labirinto sem que ele percebesse. Quando ele percebeu que estava ficando perdido começou a demarcar o caminho com iscas d peixe no lugar das moedas. Ele já estava de saco cheio e as moedas não acabavam.
Ao chegar à última moeda deu um suspiro de alívio, mas logo entristeceu, recordando que teria que voltar para casa carregando um saco pesado.
Foi então que se encontrou com um velho bem vestido e de feição mal-humorado:
- Não acredito no que estou vendo! Você retirou todas as minhas moedas que marcavam o meu caminho de volta!
- Essas moedas são de ouro e como eu sou um pobre coitado resolvi pegá-las. Posso ser pobre, mas não sou burro. Coloquei as iscas de peixe que eu iria usar na pescaria no lugar dessas moedas.
Ao olharem para trás se deparam com uma galinha.


Proposta: O poder de transformação da leitura. Título: Ler também é um exercício


Ao lermos um livro adquirimos um vasto vocabulário, nos divertimos com a história e viciamos na leitura. Quanto mais lemos mais queremos ler. Deixamos de exercer várias atividades só para ler. O conhecimento alcançado em uma leitura dificilmente será perdido. É como dizia Einstein: ”A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original". A arte de saber é um dos únicos bens que outras pessoas não conseguem roubar de nós, pois não é um bem material.
Ler é um exercício, e quanto mais exercitamos a nossa leitura mais aptos para escrever e falar ficamos. Pesquisas feitas por mim indicam que a maior parte das pessoas que não gostam de ler é porque não desenvolveram a leitura durante a infância. Essas pessoas também dificilmente aprenderão a gostar da maravilhosa arte da leitura. Por esse e outros motivos acho que as escolas deveriam introduzir a leitura às crianças de maneira mais dinâmica, de modo que elas comecem a ler por gosto, por vontade própria e não por obrigação. Os pais também têm que participar diretamente com a escola nesse papel, incentivando os seus filhos desde pequenos  a ler.
O Brasil não é um país em que as pessoas têm o forte hábito de ler e um determinante obstáculo que propicia esse fato é a falta de bons escritores. Essa falha da literatura brasileira não pode continuar de tal forma: As pessoas que leem são obrigadas a esperar a tradução de livros estrangeiros para apreciarem uma boa obra literária.
As pessoas que não leem, mas que por ventura tiveram a oportunidade de ler esse texto não sabem o outro mundo que a leitura nos proporciona. Quem lê viaja sem sair do lugar e sonha sem estar dormindo, ou seja, faz o impossível.